08/Dez/2022

O Insper Agro Global considera que o MATOPIBA (Tocantins, Maranhão, Piauí e Bahia) será a principal área brasileira de soja desafiada pela decisão da União Europeia de proibir as importações de produtos oriundos do desmatamento. O Brasil vai ter que reduzir o desmatamento e vai ter que provar que não está em áreas de desmatamento para a produção de soja. O Parlamento Europeu acatou, de forma preliminar, um acordo que proíbe que commodities provenientes de áreas desmatadas entrem no bloco. É inevitável a adesão a movimentos de sustentabilidade como este.

A Europa prega esses valores mais do que qualquer outra nação. No caso da Ásia, o bloco busca, principalmente, segurança do alimento e produtividade agrícola. O acordo entre o Mercosul e a União Europeia, que envolve a redução imediata ou gradual de tarifas de importação, pode favorecer o processo de adesão às políticas de sustentabilidade europeia. O capítulo mais conflitivo do acordo era o que envolvia as cláusulas ambientais e esse acordo, aliado ao movimento de empresas de adesão à redução das emissões de carbono, pode fazer com que o Brasil consiga vender para a Europa.

O Brasil é visto como “vilão”, mas essa imagem vai ser combatida no novo governo, dada a postura da futura gestão na COP-27, além das posturas que tem tomado. A adesão às demandas sustentáveis deve ser atingida com fiscalização, aplicação do Código Florestal, regulação fundiária e incentivos, via crédito, à sustentabilidade. A integração lavoura-pecuária deveria gerar algum tipo de prêmio de manejo e isso hoje não gera créditos ao produtor pelo sistema atual. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.