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08/Dez/2022

Futuros sobem com o clima adverso na Argentina

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quarta-feira (07/12), refletindo preocupações com o clima quente e seco na Argentina. De acordo com a meteorologia, as áreas de cultivo do país deverão ter apenas chuvas isoladas até o fim da semana, e as altas temperaturas causarão mais estresse e, possivelmente, danos nas lavouras. O plantio também está bastante atrasado e não deverá avançar significativamente na semana. O vencimento janeiro da oleaginosa subiu 17,00 cents (1,17%), e fechou a US$ 14,72 por bushel.

O tempo mais favorável no Brasil, no entanto, pode contrabalançar o impacto da onda de calor na Argentina. A AgResource não acredita que os futuros de soja na Bolsa de Chicago estejam iniciando uma nova alta sustentada de preços, já que o clima favorável no Brasil mais do que compensa qualquer perda de produção na Argentina. As chuvas no Brasil devem continuar acima do normal e as temperaturas, próximas ou abaixo da média. Os ganhos também foram sustentados pela expectativa de melhora da demanda da China, agora que o governo do país asiático vem relaxando as medidas restritivas adotadas para conter o avanço da Covid-19.

Após protestos em todo o país, autoridades chinesas derrubaram várias exigências de testes e isolamento, e agora parecem mais preocupadas com os danos que as restrições causaram à economia. Deve haver uma retomada da demanda por commodities em 2023, à medida que a economia da China começa a se recuperar. A China importou 7,35 milhões de toneladas de soja em novembro deste ano, de acordo com dados preliminares publicados pela Administração Geral de Alfândegas da China (GACC). O volume representa queda de 14,2% ante novembro de 2021 e aumento de 76,3% ante outubro deste ano.