07/Dez/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (06/12), com sinais de demanda chinesa pelo grão norte-americano. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores relataram vendas de 504 mil toneladas de soja, sendo 264 mil toneladas para a China e 240 mil toneladas para destinos não revelados. No dia 5 de dezembro, já tinha sido relatada venda de 130 mil toneladas para o país asiático.

As vendas ocorrem num momento em que a China começa a flexibilizar as medidas restritivas associadas aos surtos de Covid-19 no país. O vencimento janeiro da oleaginosa subiu 17,25 cents (1,20%), e fechou a US$ 14,55 por bushel. A perspectiva de clima mais seco em parte da América do Sul também deu suporte às cotações. De acordo com a meteorologia, a Argentina deve ter chuvas isoladas nesta semana, mas uma onda de calor vai elevar o estresse e pode causar danos nas lavouras. Além disso, o plantio no país está bastante atrasado e não deve avançar significativamente na semana.

As preocupações com a safra argentina também impulsionaram o farelo de soja, que fechou em alta de quase 4%. O país é o maior exportador mundial do derivado. Quanto ao Brasil, o plantio alcançou 90,7% da área total estimada até o dia 3 de novembro, avanço de 4,6% em uma semana, em comparação com os 86,1% reportados na semana anterior, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A semeadura da oleaginosa está atrasada na comparação com o ciclo passado, quando em igual período do ano 95,1% das lavouras já estavam plantadas.