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05/Dez/2022

Futuros de soja em alta com atrasos na Argentina

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (02/12). Os ganhos foram motivados principalmente pelo atraso na implantação da safra argentina e, consequente, atraso da entrada da safra local no mercado. O vencimento janeiro avançou 8,75 cents (0,61%) e fechou a US$ 14,38 por bushel. Os agricultores na Argentina estão plantando a oleaginosa em um ritmo mais lento do que no ciclo passado. Dados da Bolsa de Cereais de Buenos Aires mostram que apenas 29% da área prevista com soja na safra 2022/2023, de 16,7 milhões de hectares, foi semeada na semana passada, um atraso anual de 17,2%.

O plantio evoluiu 9,6% em uma semana, mas os trabalhos de campo foram limitados pela falta de umidade nas lavouras e pelas altas temperaturas, especialmente no sul e centro-oeste da área agrícola. Essas regiões registram atrasos de 33,5% e 37,2%, respectivamente, na comparação com a temporada passada, em virtude da escassez de chuvas. Nas áreas dos núcleos sul e norte, ao norte de La Pampa-Oeste de Buenos Aires e sudoeste de Buenos Aires, foi possível observar lavouras com problemas de ervas daninhas devido ao atraso nas aplicações de herbicidas pela falta de condições ambientais ideais.

A alta da oleaginosa foi limitada pela decisão da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) de definir em 20,82 bilhões de galões as metas de mistura de combustível renovável no combustível fóssil para 2023. O volume representa um aumento de menos de 1% em relação à mistura de 2022 e decepcionou defensores da energia limpa, que esperavam anúncio de um montante mais considerável. O óleo de soja é uma das matérias-primas do biodiesel e a desvalorização do biocombustível tende a aumentar a oferta do derivado e pressionar também os preços da oleaginosa.