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02/Dez/2022

Futuros de soja recuam acompanhando o derivado

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em queda de mais de 2% nesta quinta-feira (1º/12). O mercado foi influenciado principalmente pelo recuo do óleo de soja, de 9,08% no contrato dezembro. O vencimento janeiro caiu 39,75 cents (2,71%) e fechou a US$ 14,29 por bushel. A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) anunciou nesta quinta-feira (1º/12) suas metas propostas de mistura de combustível renovável de 20,82 bilhões de galões em 2023, um aumento de menos de 1% em relação a 2022. O anúncio decepcionou defensores da energia limpa.

Segundo a Clean Fuels Alliance America, a proposta atrasada da EPA subestima significativamente a produção de diesel baseada em biomassa existente e falha em fornecer crescimento para investimentos que a indústria já fez em capacidade adicional, inclusive para combustível de aviação sustentável. O mercado ficou desapontado com o aumento da mistura do biodiesel ou do diesel de biomassa, que foi mínimo. O mercado de óleo de soja já vinha recuando nessa expectativa. Contudo, a demanda por combustível de aviação sustentável pode compensar a falta de crescimento da mistura.

De qualquer forma, os números da EPA são uma proposta e isso pode mudar. A queda pode despertar compras de oportunidade no óleo de soja. Dados de vendas externas de soja dos Estados Unidos vieram dentro da expectativa do mercado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 693,8 mil toneladas de soja da safra 2022/2023, na semana encerrada em 24 de novembro. A China comprou 927,4 mil toneladas do total. A consultoria Datagro elevou a sua previsão de produção de soja no Brasil em 2022/2023 para 153,32 milhões de toneladas, ante os 152,58 milhões de toneladas previstos no começo de novembro.

Caso confirmada, a colheita seria 20,8% superior à da safra 2021/2022, de 126,90 milhões de toneladas. Apesar do aumento da estimativa, há preocupação com o clima na Região Centro-Sul devido ao fenômeno La Niña. A consultoria StoneX elevou em 0,45% a sua previsão para a produção de soja da safra 2022/2023 do Brasil, para 155 milhões de toneladas. Esse ajuste positivo decorreu da revisão da área plantada, com o total passando de 43 para 43,4 milhões de hectares (vindo de Estados das Regiões Norte e Nordeste, de São Paulo e Goiás). Em Goiás, houve um pequeno corte da produtividade esperada, uma vez que o Estado tem enfrentado chuvas abaixo do normal, com destaque para regiões mais ao norte.