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01/Dez/2022

Brasil: vantagem competitiva dos biocombustíveis

A Empresa de Planejamento Energético (EPE) fez longa defesa dos biocombustíveis e do hidrogênio. Em um cenário conservador, até 2050, o Brasil precisa dobrar a disponibilidade energética e triplicar a oferta de energia elétrica, em especial, para impulsionar o desenvolvimento do País em linha com a demanda futura da economia. Nesse contexto, os biocombustíveis terão papel fundamental no curto prazo e avanços na produção de hidrogênio serão fundamentais à essa expansão. Para energia de aquecimento e cocção há saídas muito claras ligadas à eletrificação. Mas, para outros setores, essas soluções não são tão únicas. O transporte é um deles, com 50% das emissões ligadas a energia. Para isso, O Brasil tem uma solução que não precisa ser a mesma de outros países: os biocombustíveis.

O País não pode abrir mão de biocombustíveis, caminho mais curto para uma posição de vantagem ante outros países que não dominam a tecnologia e nem têm o espaço e as condições climáticas para a produção da matéria prima necessária. Recentemente, o governo federal publicou resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que manteve o volume de biodiesel na mistura do diesel em 10% até março, quando era planejado um avanço para 14% já no início do ano e avanço para 15% em seguida. Contrariando a resolução do CNPE, o governo também vetou a liberação de combustíveis limpos feitos a partir de outras rotas tecnológicas, como o diesel RX da Petrobras, mantendo a exclusividade do biodiesel no mandato. Os biocombustíveis são a fortaleza da segurança energética do País.

Não que a eletromobilidade não esteja entrando no Brasil, mas há uma vantagem muito grande em outra rota tecnológica que são os veículos híbridos (elétricos e a biocombustíveis). Nesse sentido, se destaca a venda de veículos desse tipo produzidos no Brasil e exportados para a Índia. Sobre o hidrogênio, a tecnologia está em processo de amadurecimento no Brasil, já sendo produzido em boa quantidade, mas em processo de ganho de escala nos próximos anos, dentro de projetos de grandes empresas do setor. A tecnologia, que deve ser ancorada numa lógica de baixa emissão, hidrogênio verde, produzido a partir de energia elétrica limpa, será chave para o atingimento de metas de descarbonização até 2030 e 2050. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.