01/Dez/2022

A Petrobras afirmou que os investimentos da companhia em diesel produzido com coprocessamento de óleo vegetal vão seguir, independente das recentes decisões do governo federal sobre o mandato da mistura do diesel. O governo vetou a liberação de biocombustíveis gerados a partir de novos métodos, como o da Petrobras. A expectativa é de que o mandato seja flexibilizado. Mas, o investimento em diesel com coprocessamento deve seguir independente do mandato.

Na semana passada, o Ministério de Minas e Energia (MME) publicou resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que manteve o volume de biodiesel na mistura do diesel em 10% até março, quando era planejado um avanço para 14% já no início do ano e avanço para 15% em seguida. Contrariando a resolução do CNPE, no entanto, o governo também vetou a liberação de combustíveis mais limpos feitos a partir de outras rotas tecnológicas, como o diesel com coprocessamento da Petrobras, o diesel RX.

Foi mantida, assim, a exclusividade do biodiesel no mandato. O Brasil não sofre um problema macro de segurança energética, pois têm excesso de fontes. Mas, é preciso melhor planejamento e liberdade de competição entre essas fontes energéticas. É preciso escolher como usar da melhor forma essas fontes de energia, sem estimular demais uma delas ou penalizar demais outra, mas permitindo competição.

Com relação a produtos, além do diesel com coprocessamento, foi mencionado biocombustíveis de aviação e aumento da utilização do petróleo para outros fins que não a queima. Na medida em que há incertezas na gasolina e no diesel, é preciso fazer outros usos do petróleo, avançando no mercado de asfalto, no biobunker. Tudo para tornar o uso do petróleo menos impactante e mais rentável para a empresa. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.