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30/Nov/2022

Futuros de soja sobem com clima seco na Argentina

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (29/11), sustentados pelas preocupações com o clima desfavorável na Argentina e pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar 2,051 milhões de toneladas em novembro.

O vencimento janeiro subiu 2,25 cents (0,15%) e fechou a US$ 14,59 por bushel. O clima anormalmente quente na Argentina está levantando temores sobre a umidade do solo e como isso pode afetar negativamente as lavouras. As regiões de cultivo do país ficaram secas no fim de semana passado e terão algumas chuvas isoladas antes de voltarem a ficar quentes e secas. Clima seco e estiagem continuam sendo preocupações até que as chuvas se tornem mais consistentes.

Essa perspectiva deu suporte para a soja devido à Argentina estar no processo de semeadura de sua safra agora. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em levantamento semanal de progresso de safra informou que o plantio da safra brasileira de soja 2022/2023 atingiu 86,1% da área total estimada até o dia 26 de novembro, avanço de mais de 10% em uma semana, em comparação com os 75,9% reportados na semana anterior.

A semeadura da oleaginosa está atrasada na comparação com o ciclo passado, quando em igual período do ano 91,5% das lavouras já estavam plantadas. O avanço do petróleo nas bolsas internacionais também colaborou com os ganhos. O combustível fóssil valorizado faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.