24/Nov/2022

A antipatia da indústria de biodiesel em relação ao ministro de Minas e Energia (MME), Adolfo Sachsida, tomou proporções expressivas nesta semana após o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidir pela manutenção do percentual da mistura obrigatória de biodiesel no diesel em 10% até 31 de março de 2023. O desafeto escalou para pavor. A percepção do setor é de que ele sempre quis acabar com Renovabio, CBios e mandato do biodiesel. Nesta semana, houve mais uma demonstração.

Até o fim do governo Bolsonaro, o setor não esperava haver novas negociações e apenas contornar as medidas “surpresas” que podem vir da pasta. Representantes do setor deram manifestações públicas sobre o desagrado com o ministro. A tensão aumentou após os industriais serem informados por representantes do Ministério da Agricultura de que os integrantes do MME defenderam no CNPE não somente a manutenção da mistura em 10%, mas também a sua redução para 7%, alegando que é o percentual adotado no mundo.

A relação ficou insustentável com Sachsida e não tem mais diálogo com o setor, que afirma que o ministro somente ouve as distribuidoras. Lideranças do setor dizem haver uma espécie de “perseguição” do ministro contra o setor. Representantes do setor afirmam que o MME, sob a gestão de Sachsida, e o Ministério da Economia parecem ter elegido o setor de biocombustíveis como vilões da inflação. Ainda faltam mais 38 dias de vigilância, até acabar o governo Bolsonaro. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.