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23/Nov/2022

Biodiesel: críticas à forma de inclusão do diesel RX

A decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de liberar "qualquer rota tecnológica de produção" ao programa de mistura de biodiesel deveria considerar apenas o percentual renovável dos combustíveis. A medida do CNPE abriu espaço para a inclusão diesel RX da Petrobras, que tem apenas 5% de parcela renovável. Não tem problema autorizar a mistura de outros combustíveis que têm uma carga renovável, desde que esses produtos cumpram um mandato de mistura dentro de sua capacidade. Esta visão sobre o conteúdo de renovável deveria nortear esse tipo de decisão.

A mudança na norma pelo CNPE gerou críticas do setor, já que alguns integrantes do mercado não consideram o produto renovável para ser submetido ao mandato de mistura obrigatória do biodiesel no diesel fóssil. Não adianta autorizar o produto que é 95% fóssil para cumprir um mandato de mistura de renovável, não acontecerá. A capacidade deste produto cumprir o mandato deveria ser equivalente ao conteúdo de renovável. É uma “perda de oportunidade” a decisão do CNPE de manter o percentual de mistura do biodiesel no diesel fóssil em 10% até março de 2023. A quebra das previsões é lamentável. O setor tem uma capacidade ociosa muito grande de produção de biodiesel e o Brasil está crescendo na importação de diesel fóssil de forma expressiva, para o prejuízo da balança comercial. A perspectiva é de que, a partir de março, o percentual passe a 15%, como era previsto inicialmente para o ano. Há dúvidas se, no próximo governo (do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva), já será possível acelerar a retomada do cronograma que havia sido aprovado em 2018, mas seria uma medida apropriada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.