23/Nov/2022

Os contratos futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta terça-feira (22/11). Traders avaliam o avanço do plantio no Brasil e a decisão de o País manter a mistura de 10% do biodiesel ao diesel até o dia 31 de março de 2023. O vencimento janeiro caiu 7 cents (0,49%) e fechou a US$ 14,29 por bushel. Levantamento da AgRural mostra que a semeadura de oleaginosa atingiu 80% da área prevista para o País até o dia 17 de novembro, em comparação com 69% uma semana antes e 86% no mesmo período do ano passado.

Contudo, a irregularidade das chuvas preocupa os produtores, mesmo após a melhora das precipitações registrada na semana passada. O avanço do petróleo, que deu suporte ao óleo de soja, limitou as perdas da oleaginosa. O combustível fóssil valorizado faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Sinais de melhora da demanda chinesa pelo grão dos Estados Unidos também dão suporte às cotações.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 2,32 milhões de toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana encerrada em 17 de novembro, aumento de 18,5% ante a semana anterior. O mercado, no entanto, analisa a decisão do Ministério de Minas e Energia (MME) do Brasil em manter a mistura de 10% do biodiesel ao diesel até o dia 31 de março de 2023, o que pode se traduzir em menor processamento interno e maior volume de soja direcionado para exportação. A partir de 1º de abril do ano que vem, a mistura poderá subir para 15%, cumprindo o previsto no programa do biodiesel criado em 2018.