22/Nov/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta segunda-feira (21/11). Os contratos iniciaram o pregão em desvalorização, mas mudaram de direção. O vencimento janeiro subiu 8,50 cents (0,60%) e fechou a US$ 14,36 por bushel. Sinais de demanda fortalecida pelo grão norte-americano deram suporte às cotações. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) afirmou, em relatório semanal, que os volumes de soja inspecionados em portos do país aumentaram na semana encerrada na última quinta-feira (17/11).

O volume exportado avançou 18,5% na semana, para 2,32 milhões de toneladas. O recuo do dólar ante o Real também sustentou as cotações ao desestimular as vendas de produtores brasileiros, ainda que o efeito seja limitado pela alta da moeda norte-americana ante as principais divisas. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. O avanço do plantio no Brasil pesou sobre os futuros, mas temores sobre o clima persistem. A semeadura atingiu 80% da área prevista para o País na quinta-feira (17/11), em comparação com 69% uma semana antes e 86% no mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento da AgRural.

Na Região Centro-Oeste, porém, a semeadura está perto do fim e a irregularidade das chuvas preocupa os produtores, mesmo após a melhora das precipitações registrada na semana passada. Segundo a AgRural, embora as chuvas tenham sido muito bem-vindas, os volumes e a distribuição não foram suficientes para levar alívio a todas as áreas secas, e ainda há bolsões de baixa umidade em pontos do oeste e do médio-norte de Mato Grosso, Rondônia, Minas Gerais e sudoeste de Goiás. Nada que ameace o potencial produtivo das lavouras até o momento, mas é importante que as chuvas se tornem mais regulares nessas regiões nas próximas semanas.