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18/Nov/2022

Futuros de soja recuam após acordo do Mar Negro

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quinta-feira (17/11), pressionados, principalmente, pela decisão da Rússia em dar continuidade a sua participação no acordo de exportação do Mar Negro. O fortalecimento do dólar no exterior e ante o Real também contribuiu para as perdas da oleaginosa, pois torna o produto norte-americano menos atrativo e estimula vendas externas do Brasil. A soja para janeiro cedeu 12,25 cents (0,86%) e fechou a US$ 14,17 por bushel. As perdas do óleo de soja, pressionado pelo recuo do petróleo e pela perspectiva de maior exportação de óleo de girassol da Ucrânia com a renovação do acordo para o corredor de escoamento, também pesaram sobre a oleaginosa.

A Rússia concordou em renovar o acordo com a Ucrânia, a Turquia e as Nações Unidas que permite a exportação de produtos agrícolas ucranianos através de um corredor pelo Mar Negro, por 120 dias. A previsão de oferta mais volumosa de soja no mundo também é vista como um sinal baixista. O Conselho Internacional de Grãos (IGC) aumentou a estimativa de produção de soja em 2 milhões de toneladas para o ano-safra 2022/2023. A previsão passou de 386 milhões de toneladas estimadas em outubro para 388 milhões de toneladas no relatório atual, em comparação com os 356 milhões de toneladas de 2021/2022. A previsão considera os ganhos de produção do Hemisfério Sul, liderados pelo Brasil. A demanda robusta por grãos norte-americanos limitou perdas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reportou vendas 3,03 milhões de toneladas de soja da safra 2022/2023 na semana encerrada em 10 de novembro. Do total, 1,542 milhão foram comercializadas com a China.