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17/Nov/2022

Futuros de soja pressionados por dólar e petróleo

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa de mais de 1% nesta quarta-feira (16/11). O movimento acompanhou a queda de mais de 2% do óleo de soja e o fortalecimento do dólar ante o Real. O vencimento janeiro da soja cedeu 28 cents (1,92%) e fechou a US$ 14,29 por bushel. O óleo recuou na esteira do enfraquecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.

A notícia de que a Rússia pode renovar a sua participação no acordo do corredor de exportação de grãos do Mar Negro também pesou sobre os futuros do derivado, já que favorece exportações de óleo de girassol da Ucrânia. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, estaria disposto a renovar a participação do país no acordo. O fortalecimento do dólar ante o Real contribuiu para as perdas da oleaginosa, pois estimula vendas externas do Brasil, principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação.

O avanço do plantio no Brasil e a perspectiva de safra volumosa na América do Sul limitam, contudo, os ganhos. Segundo a AgRural, produtores tinham semeado 69% da área total estimada até o dia 10 de novembro, em comparação a 57% uma semana antes. O número representa avanço de 12% na semana, mas atraso de 9% na comparação com os 78% de igual período do ano passado. A perspectiva de demanda aquecida pela oleaginosa norte-americana também limita a tendência negativa dos contratos. Exportadores relataram vendas de 261,2 mil toneladas de soja para o México para o ano comercial 2022/2023, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).