08/Nov/2022

Os contratos futuros de soja fecharam em baixa nesta segunda-feira (07/11) na Bolsa de Chicago. Traders ajustam posições para o relatório de oferta e demanda que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgará nesta quarta-feira (09/11). A queda nas importações da China e o avanço do plantio no Brasil pesaram sobre os contratos. O vencimento janeiro caiu 12 cents (0,82%) e fechou a US$ 14,50 por bushel. Para o relatório mensal de oferta e demanda, os analistas esperam que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estime a produção norte-americana em 117,69 milhões de toneladas ante 117,38 milhões de toneladas previstas em outubro.

O estoque de soja doméstico tende a crescer de 5,44 milhões de toneladas para 5,85 milhões de toneladas. Investidores repercutem a diminuição das importações de soja da China. Segundo dados preliminares divulgados pela Administração Geral de Alfândegas da China (GACC), o país importou 4,17 milhões de toneladas de soja em outubro deste ano. O volume representa queda de 18,2% ante outubro de 2021 e de 46% ante setembro deste ano. De janeiro a outubro deste ano, a China importou 73,18 milhões de toneladas, queda de 7,4% ante igual período de 2021. O avanço do plantio no Brasil também pesou sobre as cotações. De acordo com a AgRural, produtores tinham semeado 57% da área total estimada até o dia 3 de novembro, em comparação a 46% uma semana antes.

O número representa avanço de 11% na semana, mas atraso de 10% na comparação com os 67% de igual período do ano passado. Chuvas em áreas que estavam secas em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e no MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) favoreceram o avanço das plantadeiras. O fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, também contribuiu para as perdas. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. O USDA informou nesta segunda-feira (07/11) que 2,59 milhões de toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana até 4 de novembro, alta de 0,38% ante a semana anterior.