08/Nov/2022

A possibilidade de aumento da mistura obrigatória de biodiesel no diesel fóssil a partir de 2023 trouxe ânimo à empresa Brasil BioFuels (BBF), maior produtora de óleo de palma da América Latina, que decidiu diversificar o negócio e inaugura sua primeira usina para produção de óleo de soja. A empresa vive “uma feliz coincidência”. Está inaugurando uma planta que será preparada, em novembro e dezembro deste ano, para poder atender a esse mercado que deve vir mais forte em janeiro de 2023. Tanto a palma quanto a soja são matérias-primas para a produção de biocombustíveis.

A BBF investiu R$ 40 milhões para a construção da planta no sudeste do Pará, em Paragominas. A usina terá capacidade de processar, até o fim de 2022, 4,8 mil toneladas da oleaginosa por mês, o que é considerado aproximadamente 76% da capacidade total. A estrutura do projeto também foi desenvolvida para ser duplicada em 2023. A parte de caldeira de aquecimento foi feita prevendo uma ampliação. Em caso de melhora do cenário, será possível dobrar a capacidade rapidamente. O Brasil já possui estrutura no mercado de soja para atender à mistura de 14% do biodiesel ao diesel fóssil, o chamado B14. Hoje, o mix está em 10% e o aumento do percentual é requisitado por integrantes do setor para janeiro de 2023.

O governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva tende a atender ao pedido. O programa de biodiesel brasileiro foi realizado na época do presidente Lula, então ele tem muita familiaridade com o tema e sabe da relevância e importância disso. Ainda dentro da estratégia de expansão da Brasil BioFuels, ressalta-se que, a partir do próximo ano, será possível agregar mais valor ao óleo produzido pela empresa. A empresa tem um portfólio com produtos que serão lançados no setor da indústria de cosméticos, no início do ano que vem. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.