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07/Nov/2022

Futuros de soja avançam com o dólar enfraquecido

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (04/11). O enfraquecimento do dólar ante as principais moedas e o Real, que torna o produto norte-americano mais atrativo para importadores e reduz o interesse de venda no Brasil, impulsionou as cotações. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no comércio de soja. O vencimento janeiro subiu 25,25 cents (1,76%) e fechou a US$ 14,62 por bushel. A valorização do óleo de soja, sustentada na alta do petróleo, também contribuiu para os ganhos.

O derivado obteve suporte adicional dos altos preços do diesel à medida que o inverno do Hemisfério Norte se aproxima e traders procuram combustíveis alternativos. O aumento da demanda não mostra sinais de arrefecimento, e ninguém sabe quando as ações da Rússia na Ucrânia chegarão ao fim e trarão algum senso de normalidade de volta aos mercados de petróleo. Segundo a consultoria Stonex, há indicações de que a China precisa de mais soja, com o governo relatando que os estoques estão diminuindo e já se encontram 38% menores em relação à média dos últimos cinco anos para o fim de outubro.

Uma razão para isso é a desaceleração das exportações que saem dos Estados Unidos devido aos baixos níveis de água no Rio Mississippi. Espera-se que a China reabasteça essas reservas em algum momento. Isso provavelmente ocorreria com oferta brasileira mais barata no próximo ano, se o Brasil conseguir um rendimento normal neste ano em uma área plantada maior. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 830,2 mil toneladas na semana encerrada em 27 de outubro. Para o ano-safra 2023/2024 não foram relatadas vendas. Apenas a China comprou 745 mil toneladas do total.