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07/Nov/2022

Biodiesel: expectativas positivas no novo governo

O setor de biodiesel aguarda a transição de governo para discutir o aumento da mistura obrigatória do biocombustível no diesel fóssil para o ano que vem. A Frente Parlamentar Mista do Biodidesel (FPBio) e a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio) informaram que reuniões com a próxima gestão devem ocorrer em breve e há otimismo quanto à pauta. O governo que vai assumir em janeiro tem manifestações muito claras com políticas relacionadas à mudança climática e o biodiesel tem um papel fundamental. A norma hoje em vigor para mistura de biodiesel segue a resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de novembro de 2021.

A medida estabelecida há um ano partiu de uma decisão do presidente Jair Bolsonaro de não avançar com o percentual anual, como previa o cronograma original dos biocombustíveis, dados os preços mais altos da matéria-prima. A norma fixou em 10% a mistura de biodiesel no diesel fóssil até 31 de dezembro de 2022. A atual gestão do Ministério de Minas e Energia (MME) definiu que o aumento do percentual a partir de 2023 deve ser uma atribuição da pasta na futura gestão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. A partir de janeiro, o setor de biocombustíveis deveria ser orientado pelo cronograma original e o percentual passaria para 14% no primeiro mês do ano seguinte e 15% em março.

A mistura retomaria o aumento anual gradual até alcançar 20% em 2028. A FPBio ainda não teve sinalizações sobre as perspectivas para o futuro da mistura no governo Lula, mas aguarda os trabalhos da equipe de transição para discutir a pauta. Na avaliação da Ubrabio, há urgência na demanda, uma vez que 57 indústrias de biodiesel estão com quase 60% de ociosidade desde que a mistura prevista foi reduzida. Nenhum setor consegue se manter com uma ociosidade tão grande, então realmente há uma esperança de que as coisas se normalizem. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.