25/Out/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta segunda-feira (24/10). O mercado foi pressionado pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar entre 2,5 milhões e 3,767 milhões de toneladas em outubro, segundo a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). O vencimento novembro da oleaginosa caiu 23,50 cents (1,68%), e fechou a US$ 13,72 por bushel. Problemas logísticos causados pelo baixo nível do Rio Mississippi, num momento em que a colheita nos Estados Unidos já está cerca de três quartos concluída, também pesam sobre os contratos.

A porção inferior do Rio Mississippi permanece com nível de água bastante baixo, e com previsão de poucas chuvas no restante deste mês. Na semana passada, o nível da água em Memphis, Tennessee, atingiu mínima histórica de 3,28 metros, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Segundo a meteorologia, as chuvas previstas para as próximas semanas na região do Delta do Mississippi não devem ser suficientes para elevar significativamente o nível do rio. Os preços recuaram apesar de dados de exportação dos Estados Unidos que vieram acima da expectativa do mercado. O USDA informou que 2,89 milhões de toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana encerrada em 20 de outubro, aumento de 50% ante a semana anterior.

Do total, 2,17 milhões de toneladas tinham como destino a China. O Departamento de Alfândegas da China (GACC) informou que o país importou um total de 7,72 milhões de toneladas de soja em setembro, aumento de 12,2% ante igual período do ano passado. Entre janeiro e setembro, o país asiático importou 69,04 milhões de toneladas. No Brasil, a AgRural disse que o plantio da safra de soja 2022/2023 atingiu 34% da área estimada no dia 20 de outubro, em comparação com 24% na semana anterior e 38% em igual período do ano passado. Com chuva em excesso, céu constantemente nublado e temperaturas baixas, a semeadura perdeu fôlego no Paraná, que também enfrenta desenvolvimento mais lento das plantas.