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24/Out/2022

Futuros da soja em alta com dólar fraco ante Real

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve alta na sexta-feira (21/10). O mercado foi influenciado em parte pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar entre 2,5 milhões e 3,767 milhões de toneladas em outubro, segundo a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). O vencimento novembro da oleaginosa avançou 4,00 cents (0,29%), e fechou a US$ 13,95 por bushel. Na semana passada, acumulou ganho de 0,85%. O desempenho do óleo de soja, que avançou mais de 1%, também deu algum suporte às cotações.

O derivado foi impulsionado nesta semana pela notícia de que drones russos atingiram, no dia 16 de outubro, tanques de óleo de girassol na cidade portuária de Mykolaiv, na Ucrânia. Na semana passada, o óleo de soja subiu 9,5%. Dados de vendas externas dos Estados Unidos também influenciaram os negócios. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram vendas de 333 mil toneladas de soja, sendo 201 mil toneladas para a China e 132 mil toneladas para destinos não revelados. Separadamente, o USDA informou que exportadores venderam 2,335 milhões de toneladas de soja na semana encerrada em 13 de outubro.

A China comprou 1,976 milhão de toneladas do volume total. Esses fatores foram contrabalançados pelos problemas logísticos causados pelo baixo nível do Rio Mississippi. O USDA informou que 639.768 toneladas de grãos foram transportadas por barcaças nos Estados Unidos na semana encerrada em 15 de outubro, queda de 21% na comparação anual. O custo para enviar grãos por barcaças no Rio Mississippi diminuiu, mas continua bem mais alto do que na mesma época do ano passado. O frete em St. Louis estava em US$ 72,58 por tonelada na semana de 18 de outubro, abaixo do pico de US$ 105,85 por tonelada verificado na semana anterior. Mesmo assim, é mais do que o dobro do custo registrado há um ano, e mais do que o triplo da média de três anos.