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17/Out/2022

Futuros de soja caem com temor de recessão global

Os contratos futuros de soja na Bolsa de Chicago fecharam em baixa, pressionados pelo movimento de aversão ao risco nos mercados financeiros em geral diante dos temores de recessão global. O enfraquecimento do petróleo, que faz com que as refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel, e a alta do dólar ante as principais moedas e o real, que torna o grão norte-americano menos competitivo para exportação, contribuíram para a queda. O vencimento novembro cedeu 12 cents (0,86%) e fechou a US$ 13,83 por bushel.

As perdas são limitadas, por outro lado, por sinais de demanda pela soja dos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores do país relataram, pelo terceiro dia consecutivo, vendas avulsas de 590 mil toneladas de soja, das quais 392 mil toneladas têm como destino à China e 198 mil toneladas destinos não revelados, com entrega no ano comercial 2022/2023. No acumulado dos últimos três dias já são 1,6 milhão de toneladas comercializadas. Foram anunciadas ainda vendas de 230 mil toneladas de farelo de soja para as Filipinas, com entrega no ano comercial 2022/2023.

Em relatório semanal, o USDA reportou vendas de 724,4 mil toneladas de soja para a safra 2022/2023 na semana encerrada em 6 de outubro. Segundo o Itaú BBA, a perspectiva de balanço global de oferta e demanda ainda apertado deve limitar grandes quedas para o preço da soja. O USDA reduziu a previsão de produção dos Estados Unidos em 2022/2023 para 117,38 milhões de tonelada). A previsão de exportação caiu para 55,66 milhões de toneladas. A perspectiva de estoque no encerramento do ciclo 2022/2023 se manteve em 5,44 milhões de toneladas.