14/Out/2022

Segundo o Itaú BBA, apesar das pressões do lado financeiro e de boas condições climáticas, o preço da soja terá um espaço limitado para grandes quedas na Bolsa de Chicago. A perspectiva de balanço global de oferta e demanda ainda apertada deve ser um dos fatores de sustentação das cotações, apesar das boas safras da América do Sul. Para a análise, foi levado em conta o aumento da estimativa feito pela StoneX para a safra 2022/2023 do Brasil, que prevê um valor recorde de 153,8 milhões de toneladas, resultado não só de um aumento na produtividade como também de acréscimo na área plantada para 42,9 milhões de hectares.

Outro fator levado em conta é a previsão da Bolsa de Cereais de Buenos Aires de um total produzido de 48 milhões de toneladas de soja da Argentina, alta de quase 11% sobre a temporada anterior, na esteira do aumento da área plantada (16,7 milhões de hectares) e da recuperação da produtividade. Em contrapartida, parte da safra na América do Sul deverá ocorrer sob a influência de mais um fenômeno climático La Niña.

Os analistas consideram a possibilidade de que o fenômeno climático reduza os níveis de precipitação na Região Sul do Brasil, na Argentina e no Paraguai. Em relação à demanda, embora a soja seja historicamente pouco sensível a variações na renda, o cenário de forte redução da taxa de crescimento da economia global somado ao aumento da taxa de juros em vários países poderá provocar impacto o crescimento da demanda pela oleaginosa. Importante ressaltar o comportamento das compras chinesas, diante a um cenário de elevada desaceleração da atividade econômica local. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.