13/Out/2022

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o Brasil processou 29,096 milhões de toneladas de janeiro a agosto de 2022, volume 9% inferior aos 31,963 milhões de toneladas esmagadas em igual período do ano passado. A entidade representa 85% do esmagamento no País. O movimento de queda ao longo do ano é sazonal e ocorre em virtude da gradual redução da oferta do grão, tendo em vista que boa parte da soja já foi exportada ou vendida no mercado interno. Apesar do recuo, foi elevada a estimativa de processamento em 2022, para 49,0 milhões de toneladas, ante 48,900 milhões projetadas em setembro.

O ajuste decorre da perspectiva de maior produção de soja neste ano, de 127 milhões de toneladas pelos cálculos da Abiove, 100 mil toneladas acima dos 126,900 milhões esperados em setembro. A previsão de importação de soja do País foi revisada para cima, de 350 mil toneladas projetadas em setembro para 500 mil toneladas agora. Com isso, a estimativa de estoque final de soja no Brasil em 2022 aumentou 4,4%, para 3,595 milhões de toneladas. As compras líquidas (compras menos vendas) de soja nos oito primeiros meses do ano aumentaram 4,9% ante o intervalo correspondente de 2021, atingindo 37,132 milhões de toneladas.

No mês de agosto, especificamente, o processamento de soja, de 3,863 milhões de toneladas, cresceu 13,1% na comparação com agosto do ano anterior. As exportações de soja em grão entre janeiro e setembro deste ano somaram 70,8 milhões de toneladas, queda de 8,8% em relação ao período equivalente de 2021. Os embarques dos produtos derivados do grão aumentaram. No caso do farelo de soja, foram 24% maiores, atingindo 16 milhões de toneladas. As vendas externas de óleo de soja cresceram 65%, chegando a 1,9 milhão de toneladas, ante 1,2 milhão de toneladas exportadas de janeiro a setembro do ano passado. Além das estimativas de processamento, produção e estoque final de soja em 2022, a entidade também alterou projeções referentes aos derivados do grão.

A perspectiva de maior processamento levou a um ajuste, para cima, da estimativa de produção de farelo, de 37,400 milhões para 37,500 milhões de toneladas. O estoque final do derivado, assim, deve aumentar 4,1%, em 100 mil toneladas, para 2,551 milhões de toneladas. Quanto ao óleo de soja, a previsão de exportação aumentou 2,3%, de 2,1 milhões de toneladas para 2,2 milhões de toneladas. Com isso, o estoque final do óleo deve ser 10,6% menor do que a estimativa de setembro, totalizando 422 mil toneladas. A receita projetada com exportações de todo o complexo soja em 2022 foi mantida em aproximadamente US$ 58 bilhões. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.