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10/Out/2022

MT: empresas compram soja de áreas desmatadas

De acordo com dados que constam no relatório "Floresta racionada - A soja e o milho utilizados como ração animal estão aumentando o desmatamento no Brasil", feito pela ONG Proteção Animal Mundial, em parceria com o site Repórter Brasil, foi identificado que diversas fazendas em Mato Grosso que lançaram mão do desmatamento nos biomas Amazônia e Cerrado para plantar grãos (soja e milho) que foram, posteriormente, adquiridos pelas tradings Amaggi e Bunge e em seguida repassados à JBS, do setor de proteína animal, para fabricação de ração para aves, abatidas sob a marca Seara.

O relatório mostra como empresários do agronegócio driblam os mecanismos de controle e legislações ambientais para produzir grãos e depois fazem negócios com empresas signatárias da Moratória da Soja, que veta a produção de grãos em áreas desmatadas. Também foram rastreadas vendas de produtores de milho em fazendas com desmatamento irregular diretamente para a JBS. As empresas mencionadas alegam que, no momento da compra, as fazendas cumpriam os requisitos socioambientais exigidos por elas. Nos casos de compras de tradings, os contratos exigem que as fazendas fornecedoras delas não estejam em áreas de desmatamento ilegal, apontou a JBS.

A companhia diz, ainda, que, nos casos de compras de produtores realizadas pela JBS, mencionadas pela apuração da ONG, as fazendas que forneceram grãos à empresa estavam em compliance com os critérios socioambientais da JBS nos momentos de realização das compras. A Bunge afirmou que não comenta relações comerciais com produtores específicos, mas que no bioma Amazônia, segue com rigor os procedimentos da Moratória da Soja, desde o seu início. A Amaggi, por sua vez, apontou que todas as compras em questão foram realizadas de acordo com os critérios de comercialização da Amaggi. Fonte: Repórter Brasil. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.