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07/Out/2022

Futuros de soja caem com fraca demanda da China

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quinta-feira (06/10), com sinais de desaceleração da demanda chinesa por soja dos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país venderam 777,1 mil toneladas de soja da safra 2022/2023 na semana encerrada em 29 de setembro. Do total, apenas 157,1 mil toneladas foram para a China. Na semana, o principal comprador foi o México, com 233,4 mil toneladas. O vencimento novembro da oleaginosa recuou 11,75 cents (0,86%), e fechou a US$ 13,58 por bushel.

Segundo a Reuters, as importações chinesas de soja devem cair em outubro para o menor nível em mais de dois anos. Neste mês, a China deve receber aproximadamente 5 milhões de toneladas de soja, o que representaria o menor volume desde março de 2020. A perspectiva de uma safra volumosa no Brasil também pesou sobre os contratos. Em seu primeiro levantamento da safra 2022/2023, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) informou que o País deve produzir 152,35 milhões de toneladas de soja, aumento de 21,3% sobre a temporada 2021/2022, quando a colheita foi de 125,55 milhões de toneladas.

A estimativa de exportações é de 95,88 milhões de toneladas, ante 78,27 milhões em 2021/2022. A demanda chinesa tem sido fraca e o Brasil parece estar semeando uma safra recorde de soja. Outro fator que tem gerado preocupação é o clima seco no Meio Oeste dos Estados Unidos, que está atrapalhando o tráfego de barcaças comerciais no Rio Mississippi. Segundo relatos na mídia, o baixo nível da água provocou a interrupção dos embarques de grãos, fertilizantes e outras commodities. Exportadores do Golfo retiraram ofertas por milho e soja para embarque em outubro e novembro, já que não está claro se eles conseguirão originar grão suficiente.