29/Set/2022

No mercado interno de soja, os preços recuaram entre R$ 2,00 e R$ 2,50 por saca de 60 Kg, puxados pela queda do dólar e futuros praticamente estáveis. Após um período de instabilidade e troca de sinais, o dólar se firmou em baixa no mercado doméstico de câmbio, em sintonia com o aprofundamento das perdas da moeda norte-americana no exterior. No Brasil, o dólar registrou mínima a R$ 5,32 (-0,98%) na segunda etapa de negócios, cerca de R$ 0,10 abaixo da máxima (R$ 5,42). No fim da sessão, a divisa era negociada a R$ 5,34, em baixa de 0,50%. Apesar do refresco, a moeda ainda acumula alta de 1,93% nesta semana, o que leva os ganhos em setembro a 2,85%. No ano, o dólar apresenta perdas de 4,06%.

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago recuperaram perdas iniciais e fecharam perto da estabilidade nesta quarta-feira (28/09), após terem recuado nas cinco sessões anteriores e acumulado desvalorização de 4,8% no período. O desempenho no fim da sessão foi puxado pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. Compradores também voltaram ao mercado após os preços caírem para abaixo de US$ 14,00 por bushel durante o pregão. O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 0,75 cent (0,05%), e fechou a US$ 14,08 por bushel.

No Rio Grande do Sul, na região de Passo Fundo, há registro de negócios entre R$ 181,00 e R$ 182,00 por saca de 60 Kg, para retirada imediata e pagamento no começo de outubro. No Porto de Rio Grande, há registro de negócios a R$ 191,50 por saca de 60 Kg, para entrega imediata e pagamento em 18 de outubro. Ressalta-se que, apesar da negociação pontual, a comercialização segue lentas. Em Mato Grosso do Sul, a negociação de soja disponível está travada. Os compradores vêm mantendo suas indicações em R$ 175,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em outubro e pagamento no fim do mesmo mês. Com relação à soja da safra 2022/2023, os compradores indicam R$ 162,00 por saca de 60 Kg FOB, para retirada em fevereiro do ano que vem e pagamento em março.

Fonte: Cogo Inteligência em Agronegócio.