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29/Set/2022

Futuros de soja encerram praticamente estáveis

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago recuperaram perdas iniciais e fecharam perto da estabilidade nesta quarta-feira (28/09), após terem recuado nas cinco sessões anteriores e acumulado desvalorização de 4,8% no período. O desempenho no fim da sessão foi puxado pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. Compradores também voltaram ao mercado após os preços caírem para abaixo de US$ 14,00 por bushel durante o pregão. O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 0,75 cent (0,05%), e fechou a US$ 14,08 por bushel. A expectativa de estoques menores nos Estados Unidos também deu algum suporte aos preços.

De acordo com analistas, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve estimar nesta sexta-feira (30/09) que as reservas de soja no começo de setembro somavam 6,72 milhões de toneladas, volume inferior ao de 1º de setembro de 2021, de 6,99 milhões de toneladas. Esses fatores foram contrabalançados pela ausência de novas compras chinesas de soja norte-americana e o feriado de sete dias na China pelo Dia Nacional do país, na próxima semana. Isso inquieta os operadores, que nos últimos dias viram como Argentina e Brasil conseguiram fechar operações para esse destino. O clima favorável ao plantio no Brasil também continuou influenciando os negócios.

Segundo a meteorologia, chuvas recentes em áreas de cultivo de soja no Brasil continuam melhorando a umidade do solo à medida que a semeadura avança. A AgResource Brasil prevê área total plantada na safra 2022/2023 em 42,61 milhões de hectares e produtividade de 3.549 quilos por hectare. Com isso, a produção total estimada para o País é de 151,24 milhões de toneladas, aumento de 20,4% ante o ciclo anterior. As vendas da Argentina, impulsionadas pela taxa de câmbio especial de 200 pesos por dólar, também influenciaram as cotações. De acordo com o jornal Clarín, desde que a taxa entrou em vigor, no começo de setembro, foram comercializados na Argentina cerca de 13 milhões de toneladas de soja, por um valor de US$ 6 bilhões.