27/Set/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta segunda-feira (26/09). O mercado foi pressionado pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O recuo do petróleo, que faz com que as refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel, também pesou sobre as cotações. O óleo de soja, que caiu quase 2%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O vencimento novembro da oleaginosa recuou 14,50 cents (1,02%), e fechou a US$ 14,11 por bushel.

O clima favorável ao plantio no Brasil também influenciou os negócios. Segundo a meteorologia, chuvas recentes em áreas de cultivo do País continuam melhorando a umidade do solo à medida que a semeadura avança. O plantio da safra 2022/2023 de soja atingiu 1,5% da área estimada na quinta-feira passada (22/09), em comparação com 0,1% uma semana antes e 1,3% em igual período do ano passado, de acordo com levantamento da consultoria AgRural. O avanço foi puxado pelo Paraná e poderia ter sido maior, não fossem as chuvas frequentes no Estado e a falta de umidade que ainda predomina em outros.

Preocupações com a desaceleração da demanda chinesa por soja dos Estados Unidos também pressionaram as cotações. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 257.547 toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos do país na semana encerrada em 22 de setembro, queda de 50,44% ante a semana anterior. Do total, 72.133 toneladas tinham como destino a China. Traders também acreditam que a taxa de câmbio especial de 200 pesos por dólar na Argentina, que fica em vigor até o dia 30 de setembro, continuará estimulando as vendas de soja por parte de produtores.