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23/Set/2022

Futuros de soja recuam com clima ameno no Brasil

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta quinta-feira (22/09), com o clima favorável ao plantio em áreas de cultivo do Brasil. Segundo a empresa meteorologia, a perspectiva é de chuvas na próxima semana, principalmente em áreas centrais do País. As condições, no geral, são bastante boas para o início da temporada de plantio. O vencimento novembro da oleaginosa perdeu 4,25 cents (0,29%), e fechou a US$ 14,57 por bushel. Dados de vendas externas dos Estados Unidos que vieram abaixo da previsão do mercado também pesaram sobre os contratos.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores venderam 446,4 mil toneladas de soja da safra 2022/2023 na semana encerrada em 15 de setembro, sendo 152,5 mil toneladas para a China. As vendas argentinas, impulsionadas por uma taxa de câmbio especial de 200 pesos por dólar, também pressionaram as cotações. De acordo com o La Nación, a decisão do banco central da Argentina de proibir empresas que venderam soja com o câmbio especial de comprar dólares não está inibindo as vendas de soja por parte de produtores. A Câmara da Indústria Oleaginosa da República Argentina (Ciara) e o Centro de Exportadores de Cereais (CEC) disseram que a receita com exportações já supera US$ 5 bilhões desde o início do mês, alta de 51% ante agosto e de 110% ante setembro do ano passado.

O Conselho Internacional de Grãos (IGC) reduziu de 389 milhões de toneladas para 387 milhões de toneladas sua estimativa de produção global de soja em 2022/2023. Os avanços na produção da América do Sul e da região do Mar Negro serão ofuscados por um volume reduzido nos Estados Unidos. As perdas foram limitadas pelo fortalecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que subiu mais de 2%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.