22/Set/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (21/09). O mercado foi pressionado pela expectativa em relação à decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que saiu pouco antes do fechamento. Analistas esperavam que os juros nos Estados Unidos fossem elevados em 0,75% pela terceira vez seguida, o que se confirmou. Isso pode impulsionar o dólar e levar fundos de investimento a reduzir posições em commodities, além de aumentar o risco de recessão no país. O vencimento novembro da oleaginosa recuou 17,50 cents (1,18%), e fechou a US$ 14,61 por bushel.

O clima mais favorável ao plantio em áreas de cultivo do Brasil também pesou sobre as cotações. A previsão meteorológica para o Brasil melhora nesta semana, com a expectativa de chuvas esparsas na maior parte das áreas produtoras. No fim de agosto, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projetou que produtores brasileiros deverão colher um recorde de 150,36 milhões de toneladas de soja em 2022/2023, o que representaria aumento de 21,25% ante o ciclo anterior. A desaceleração da demanda chinesa por soja dos Estados Unidos também influenciou os negócios. Desde o começo do ano, a China importou 18,21 milhões de toneladas dos Estados Unidos e 40,93 milhões de toneladas do Brasil, em comparação a 21,63 milhões e 43,05 milhões de toneladas, respectivamente, no ano passado.