19/Set/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa na sexta-feira (16/09), após sessão volátil. O mercado foi influenciado em parte pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. Sinais de demanda chinesa mais fraca também pesaram sobre as cotações. O mercado está preocupado com a demanda devido à ausência de interesse chinês por causa dos lockdowns associados à Covid-19 no país e do dólar mais forte.

O vencimento novembro da oleaginosa perdeu 3,00 cents (0,21%), e fechou a US$ 14,48 por bushel. O desempenho também refletiu as maiores vendas por parte de produtores da Argentina, após o governo do país ter adotado uma taxa de câmbio especial no começo do mês. A China aproveitou a maior oferta argentina para garantir cerca de 1,5 milhão de toneladas de soja neste mês, para embarque neste mês ou no próximo.

Isso cobriria apenas 1% do uso esperado de soja pela China em 2022/2023, mas representa uma parcela notável das exportações potenciais dos Estados Unidos. A expectativa de menor demanda chinesa, as compras chinesas de soja argentina e a previsão de uma safra recorde no Brasil poderão resultar em oferta menos apertada do que o esperado nos Estados Unidos. O avanço da colheita nos Estados Unidos também influenciou os negócios. Traders, no entanto, mantiveram uma postura cautelosa após o mercado ter recuado nas três sessões anteriores e acumulado perda de 2,47% no período.