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15/Set/2022

Futuros de soja recuam com maior oferta argentina

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quarta-feira (14/09), refletindo em parte as maiores vendas por parte de produtores argentinos. A taxa de câmbio especial adotada no começo do mês pelo governo argentino está estimulando as vendas e agilizará as exportações de soja em grão e resultará em maior esmagamento e vendas externas de farelo e óleo de soja. A Argentina é o maior exportador dos dois derivados, que também recuaram nesta quarta-feira (14/09). O vencimento novembro da oleaginosa caiu 23,75 cents (1,61%), e fechou a US$ 14,55 por bushel.

Preocupações com a demanda chinesa, por causa dos lockdowns associados aos surtos de Covid-19 no país, também pesaram sobre as cotações. Há uma chance muito grande de excesso de oferta no mercado global de soja, tendo em vista a expectativa de safras recordes tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos e a previsão de que a demanda da China continue fraca. A estimativa mais recente do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para a safra norte-americana foi altista para a soja, mas a previsão é de uma safra recorde no Brasil em 2022/2023.

No fim de agosto, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projetou a safra brasileira em 150,36 milhões de toneladas, o que representaria aumento de 21,25% ante o ciclo anterior. Traders também aguardam os números semanais de vendas externas do USDA, que deverão ser divulgados nesta quinta-feira (15/09) pela primeira vez em quatro semanas. A ausência dos dados nas três semanas anteriores foi motivada por problemas no novo sistema de divulgação dessas informações. O relatório, além dos números referentes à semana encerrada em 8 de setembro, trará também os dados das semanas anteriores. O relatório deverá ser positivo para a soja, por causa das vendas para a China na última semana de agosto.