12/Set/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta na sexta-feira (09/09). Traders ajustaram posições antes do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta segunda-feira (12/09). Analistas acreditam que a produção de soja será reduzida de 123,33 milhões de toneladas para 121,97 milhões de toneladas. O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 26,25 cents (1,89%), e fechou a US$ 14,12 por bushel.

Sinais de demanda pelo grão norte-americano também deram suporte às cotações. O USDA informou que exportadores relataram venda de 104 mil toneladas de soja para Taiwan, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023. O recuo do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, contribuiu para os ganhos. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. Os negócios também foram influenciados pelo avanço do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel.

O óleo de soja, que subiu mais de 2%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. Vendas realizadas nos últimos dias por produtores argentinos limitaram os ganhos. Na semana passada, o governo argentino anunciou que produtores poderão comercializar soja com uma taxa de câmbio especial de 200 pesos por dólar. A medida tem como objetivo estimular a venda de soja por parte de produtores e aliviar a escassez de dólares na Argentina.