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08/Set/2022

Safra 2022/2023: plantio inicia com chuva irregular

O período de plantio da safra 2022/2023 de soja começa com chuvas ainda irregulares na Região Centro-Oeste, maior área produtora do País. Na Região Sul, embora tenha chovido recentemente e sejam esperadas novas precipitações, a preocupação é com irregularidade mais adiante, a partir de novembro, na terceira safra sob influência do fenômeno climático La Niña. Dentre os principais produtores, os primeiros Estados a ter a semeadura autorizada são Paraná, a partir de 11 de setembro, e Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a partir de 15 de setembro, conforme portaria do Ministério da Agricultura que estabeleceu os calendários de semeadura da safra 2022/2023. De acordo com a Climatempo, Paraná e parte de Mato Grosso do Sul têm mantido boa condição de umidade do solo com chuvas recentes, enquanto a Região Centro-Oeste está bem mais seca e quente, e o solo, com capacidade hídrica mais baixa. Em Mato Grosso, Goiás, parte do norte de Mato Grosso do Sul, a chuva deve começar a ter regularização a partir da segunda quinzena de outubro.

Na primeira metade de outubro, as chuvas já se intensificam no oeste de Mato Grosso, e ao longo do mês, isso começa a ser observado também no restante da Região Centro-Oeste. A preocupação neste ano não é tanto com estiagem, mas com possíveis "invernadas" (dias seguidos de chuva, com menos radiação solar e solos encharcados) ao longo da safra 2022/2023. Para as áreas mais ao Sul do País, a preocupação é com chuvas irregulares a partir de novembro. Os modelos estão indicando possíveis períodos com irregularidade, com alguns dias de muita chuva e períodos com alguma estiagem. A Rural Clima ressaltou que são esperadas chuvas para a segunda metade de setembro que permitirão o plantio em algumas áreas das Regiões Centro-Oeste e Sul, mas irregulares. Somente em meados de outubro em diante que as chuvas serão regulares. Existe a possibilidade de atrasos iniciais no plantio logo após o fim do vazio sanitário e início do calendário de plantio, mas não tão acentuados quanto em 2020.

Neste ano, os produtores vão plantar dentro da normalidade. A safra 2022/2023 será a terceira seguida sob a influência do La Niña. Essa condição, especialmente para a Região Sul do País, é desfavorável, pois além de trazer irregularidade de chuvas, traz volumes em média menores. A terceira safra seguida sob o La Niña não acontece desde o triênio 1999, 2000 e 2001. Não é comum ter três anos seguidos de La Niña. Os produtores da Região Sul não terão clima excepcional, mas a região não deve ter veranicos (dias seguidos de estiagem, com muito sol e calor) similares aos do último ano. Períodos entre novembro e dezembro de chuva pouco abaixo da média, contudo, podem ser observados. A intensidade prevista do La Niña para novembro, dezembro e janeiro é similar à que chegou a ser atingida no ano passado, mas a perspectiva é de arrefecimento entre o primeiro e o segundo trimestres. Os modelos meteorológicos indicam que o La Niña deve terminar até o segundo trimestre. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.