05/Set/2022

A consultoria Céleres elevou a sua previsão de produção de soja do Brasil na safra 2022/2023 para 154 milhões de toneladas, ante 148,8 milhões projetados em maio. O volume é 22% maior que o da safra 2021/2022, que sofreu com as consequências do La Niña, fenômeno climático que volta a ser motivo de atenção no ciclo 2022/2023. A área plantada está prevista em 42,9 milhões de hectares, acima dos 42,3 milhões de hectares da projeção anterior e dos 41,5 milhões de hectares estimados para 2021/2022. O Estado que mais cresce em área é Mato Grosso, com aumento de aproximadamente 400 mil hectares.

A expansão de área é sustentada pela rentabilidade ainda em níveis acima da média histórica, apesar de menores do que em 2020 e 2021. Apesar de custos mais elevados, a disponibilidade de fertilizantes, químicos e crédito (subsidiado ou não) próximo do necessário para o elo agrícola sustentam o 16º ano de crescimento na área plantada no Brasil em 2022/2023. Os custos, que subiram 30,1% de 2021/2022 para 2022/2023, tiraram parte da margem do produtor.

A margem operacional média no País foi projetada em R$ 3.428,00 por hectare no cenário intermediário, R$ 2.153,00 por hectare no cenário inferior e R$ 4.704,00 por hectare no cenário superior. Com maior excedente disponível no mercado, as exportações de soja devem aumentar em 24,7% ante 2021/2022 e alcançar 96 milhões de toneladas. Além disso, o esmagamento deve se manter fortalecido pelo cenário de preços ainda elevados de ração e óleo vegetal dentro e fora do País. Contudo, a incerteza quanto aos efeitos de La Niña e a estabilidade nos preços futuros em 2022 travam parte da comercialização antecipada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.