02/Set/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta quinta-feira (1º/09). O mercado foi pressionado pelo desempenho do óleo de soja, que caiu quase 6%. O derivado, por sua vez, acompanhou a queda do óleo de palma e o enfraquecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.

O vencimento novembro da oleaginosa recuou 27,75 cents (1,95%), e fechou a US$ 13,94 por bushel. O avanço do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, também pesou sobre os contratos. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. Temores crescentes de uma recessão global e consequente redução da demanda também vêm pressionando as cotações. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores do país relataram venda de 396 mil toneladas de soja para destinos desconhecidos, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023.

Embora as vendas avulsas continuem sendo divulgadas, os dados semanais de vendas externas, que costumam sair às quintas-feiras, só devem voltar a ser publicados em 15 de setembro, informou o Serviço Agrícola Estrangeiro (FAS) do USDA. De acordo com o FAS, problemas no novo sistema de divulgação dessas informações, identificados na semana passada, ainda não foram totalmente resolvidos e a agência voltará a usar temporariamente o sistema antigo.