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01/Set/2022

China está comprando mais da soja do Brasil e EUA

A China, maior compradora de soja do mundo, intensificou as importações para atender à crescente demanda antes de um período sazonalmente forte para o consumo. Empresas chinesas encomendaram pelo menos 40 carregamentos dos Estados Unidos, Brasil e Argentina apenas nas últimas duas semanas. Os compradores buscam aproveitar margens de processamento melhores e recompor estoques antes dos festivais chineses que vão do outono, que começa mês que vem no Hemisfério Norte, até o Ano Novo Lunar. A maioria dos embarques é para setembro e outubro, embora alguns tenham sido reservados para o próximo ano.

A soja é usada para fazer óleo vegetal e é uma importante fonte de proteína na alimentação animal. A onda de compras deve ajudar a sustentar os futuros de soja na Bolsa de Chicago, que caíram cerca de US$ 3,00 por bushel desde que atingiram uma máxima de mais de US$ 17,00 por bushel em maio com a invasão da Ucrânia pela Rússia. Também ajudará a absorver parte da colheita recorde prevista para os Estados Unidos. Segundo a HedgePoint Global Markets, as compras chinesas se desaceleraram no primeiro semestre do ano em meio a margens negativas para moagem de soja em farelo e óleo, o que diminuiu os estoques. Isso força as empresas a buscarem mais suprimentos.

As empresas chinesas agora estão aumentando suas posições compradas, a fim de garantir melhores margens de moagem a termo. As compras também são um sinal claro de que a China está se protegendo contra problemas climáticos no Brasil. A soja norte-americana é atualmente a mais barata do mundo e permanecerá assim até meados de janeiro, quando a colheita brasileira se acelera. Mas, há o risco de que ocorra um terceiro evento climático consecutivo de La Niña e a safra brasileira decepcione mais uma vez como no ano passado. Fonte: Money Times e Bloomberg. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.