31/Ago/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em leve baixa nesta terça-feira (30/08). O mercado foi pressionado em parte pelo fortalecimento do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar 5,284 milhões de toneladas em agosto, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).

A ausência de notícias sobre a demanda chinesa pelo grão norte-americano também pesou sobre os contratos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 264 mil toneladas de soja para destinos desconhecidos. O vencimento novembro da oleaginosa cedeu 5,25 cents (0,37%), e fechou a US$ 14,32 por bushel. Temores de juros mais altos nos Estados Unidos e no mundo também pressionaram as cotações.

Traders veem a colheita próxima, possíveis recessões nos Estados Unidos e na China, além de bancos centrais aumentando agressivamente as taxas de juros para combater a inflação. As expectativas de demanda podem ser altas demais se a economia mundial entrar em recessão. O USDA informou que 57% da safra de soja tinha condição boa ou excelente até o dia 28 de agosto, sem variação ante a semana anterior. Um ano antes, essa parcela era de 56%. Analistas esperavam uma parcela de 56% em condição boa ou excelente.