30/Ago/2022
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) afirmou que os primeiros levantamentos junto às associadas indicam uma área plantada de soja na safra 2022/2023 próxima de 42 milhões de hectares, com a produção brasileira podendo atingir 151 milhões de toneladas. Com isso, num cenário otimista, o processamento interno da oleaginosa pode alcançar 49,2 milhões de toneladas em 2022/2023. O Brasil deve exportar mais óleo de soja neste ano, e isso pode significar a continuidade do interesse de importadores no ano que vem. O mercado de óleo se comportou de forma muito diferente, sustentou o processamento em um momento em que o governo decidiu baixar a mistura de biodiesel.
Para 2023, a demanda chinesa por óleo de soja ainda é uma incógnita, mas Índia e Bangladesh têm interesse em diversificar fornecedores. O Brasil cresceu em mercados de exportação em que não atuava tanto e as empresas associadas à Abiove podem querer consolidar essa posição. Quanto ao farelo, é destaque a abertura do mercado da China, mas o quanto o país vai comprar depende da sua estratégia. Pequenas compras chinesas representam enorme volume para a exportação de farelo. Quanto às margens, 2022 começou bem, mas elas foram caindo à medida que o preço da soja subiu.
Para o ano que vem, as margens previstas pela indústria devem manter o processamento ou aumentá-lo, o que é muito positivo para o Brasil. A Associação dos Produtores de Soja e Milho de São Paulo (Aprosoja-SP) afirmou que a safra que se inicia é muito desafiadora para os produtores. Apesar de preços da soja em níveis históricos, a relação de troca é muito ruim. O produtor desembolsa 30 sacas de 60 Kg da oleaginosa por tonelada de cloreto de potássio. Para a safra 2022/2023, o produtor precisará de uso racional de recursos financeiros e fertilizantes. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.