24/Ago/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (23/08), refletindo a piora da qualidade das lavouras nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 57% da safra de soja tinha condição boa ou excelente até o dia 21 de agosto, piora de 1% ante a semana anterior. Um ano antes, essa parcela era de 56%. A soja está com preços firmes por causa da queda inesperada na condição da safra. O vencimento novembro da oleaginosa subiu 25,75 cents (1,79%), e fechou a US$ 14,61 por bushel.

Relatos da expedição de safra Pro Farmer Crop Tour, que está percorrendo lavouras do Meio Oeste dos Estados Unidos nesta semana, também deram suporte às cotações. No primeiro dia da expedição, a contagem de vagens de soja em Ohio ficou em 1.131 por jarda quadrada (1 jarda quadrada = 0,836 metro quadrado), baixa de 5,35% ante o número do ano passado (1.195 vagens por jarda quadrada), mas 9% superior à média das últimas três temporadas. Em Dakota do Sul, a contagem foi de 871,40 vagens por jarda quadrada, 12,6% menor do que a de um ano atrás (996,86 vagens por jarda quadrada) e 15,1% inferior à média dos últimos três anos.

A safra de soja ainda pode ser recorde. Mas, na parte oeste da Pro Farmer Crop Tour, as temperaturas mais altas em Dakota do Sul definitivamente colocaram um estresse extra tanto no milho quanto na soja sob irrigação. As chuvas são necessárias agora, principalmente para a soja. Os ganhos também foram sustentados por sinais de demanda chinesa. Segundo o USDA, exportadores relataram venda de 110 mil toneladas de soja para a China, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023. O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também impulsionou os preços.