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22/Ago/2022

Futuros de soja recuperam perdas e fecham estáveis

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago recuperaram perdas e fecharam perto da estabilidade na sexta-feira (19/08). O mercado acompanhou em parte o desempenho do dólar, que vinha subindo ante o Real, mas diminuiu o ritmo de alta perto do fim do pregão. O fortalecimento da moeda norte-americana tende a estimular as exportações brasileiras. O vencimento novembro da oleaginosa cedeu 1,25 cent (0,09%), e fechou a US$ 14,04 por bushel. Além do dólar, o mercado foi influenciado inicialmente pelo clima mais ameno no Meio Oeste dos Estados Unidos.

Segundo a meteorologia, as temperaturas ficarão dentro da média para esta época do ano. Áreas no extremo oeste do Meio Oeste são a grande incógnita em termos de volume de chuvas; mais precipitações são necessárias mesmo após uma rodada de chuvas durante a última semana. Além disso, a representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília elevou de 139 milhões de toneladas para 144 milhões de toneladas sua estimativa para a produção de soja no Brasil na temporada 2022/2023. A nova projeção representa aumento de 13,74% ante a estimativa para a safra 2021/2022, de 126,6 milhões de toneladas.

A previsão de rendimento foi elevada de 3,27 toneladas por hectare para 3,39 toneladas por hectare. A nova estimativa representa aumento de quase 10% ante o ciclo anterior, quando uma estiagem causou perdas significativas. Esses fatores foram contrabalançados pelo desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 2%. Segundo o Itaú BBA, o espaço para grandes quedas da soja é limitado, diante da perspectiva de balanço global de oferta e demanda ainda apertado. Nessas condições, sinais de piora das lavouras norte-americanas, por exemplo, poderão até abrir espaço para alguma alta das cotações.