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17/Ago/2022

Futuros de soja recuam com dúvidas sobre a China

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em baixa nesta terça-feira (16/08), em meio às incertezas quanto à demanda chinesa pela oleaginosa. A demanda chinesa agora é dúvida após o corte da taxa de juros. Dados de produção industrial e vendas no varejo na China vieram abaixo do esperado e levaram o banco central do país a reduzir inesperadamente os juros. O vencimento novembro da oleaginosa recuou 31,25 cents (2,21%), e fechou a US$ 13,81 por bushel. O clima mais favorável no Meio Oeste dos Estados Unidos também pesou sobre as cotações. Segundo a meteorologia, a região deve continuar com temperaturas amenas e há possibilidade de chuvas bem distribuídas no fim desta semana.

Além disso, chuvas nesta terça-feira (16/08) no Missouri aliviaram o estresse em algumas das áreas que estavam mais secas. O mercado também foi pressionado pelo desempenho do óleo de soja, que caiu mais de 1%. O derivado, por sua vez, acompanhou o enfraquecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O avanço do dólar ante o Real, que tende a estimular as exportações brasileiras, também influenciou os negócios.

O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar entre 4,800 milhões e 5,739 milhões de toneladas em agosto, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Os preços caíram apesar da leve piora da qualidade das lavouras nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 58% da safra de soja tinha condição boa ou excelente até o dia 14 de agosto, uma queda de 1% ante a semana anterior. O USDA informou que exportadores relataram venda de 228,6 mil toneladas de soja para o México, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023.