11/Ago/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago devolveram ganhos e fecharam perto da estabilidade nesta quarta-feira (10/08). Pesaram sobre os contratos novos modelos meteorológicos indicando temperaturas mais amenas e chuvas em áreas do Meio Oeste dos Estados Unidos no começo da próxima semana. Chuvas são esperadas em muitos estados que estão sendo castigados pelo clima seco, como Nebraska e Iowa. O vencimento novembro da oleaginosa cedeu 1,00 cent (0,07%), e fechou a US$ 14,27 por bushel.

A boa demanda da China pelo grão norte-americano foi um dos fatores que impulsionaram as cotações inicialmente. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que exportadores relataram venda de 196 mil toneladas de soja para o país asiático, com entrega prevista para o ano comercial 2022/2023. As três vendas avulsas de soja para a China anunciadas desde sexta-feira (05/08) já totalizam 460 mil toneladas.

O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu suporte aos contratos. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deve embarcar 5,667 milhões de toneladas em agosto, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Traders também ajustaram posições antes do relatório mensal de oferta e demanda do USDA, que será divulgado na sexta-feira (12/08). De acordo com analistas, a estimativa de rendimento nos Estados Unidos será reduzida de 3,46 para 3,43 toneladas por hectare, e a produção, de 122,62 milhões de toneladas para 121,69 milhões de toneladas.