05/Ago/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta expressiva nesta quinta-feira (04/08). O mercado passou por correção após ter recuado nas três sessões anteriores e acumulado perda de 6,7% no período. O desempenho do farelo de soja, que avançou mais de 5%, também deu suporte às cotações. O derivado, por sua vez, foi impulsionado por dados de vendas externas dos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores venderam 186,6 mil toneladas de farelo de soja da safra 2021/2022 na semana encerrada em 28 de julho. Para a safra 2022/2023, foram comercializadas 48,8 mil toneladas. A soma das duas safras é de 225 mil toneladas.

O vencimento novembro da oleaginosa avançou 48,00 cents (3,50%), e fechou a US$ 14,17 por bushel. Os ganhos também foram sustentados pelo enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. Dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos vieram dentro do esperado pelo mercado. O USDA informou que os cancelamentos superaram em 11 mil toneladas as vendas de soja da safra 2021/2022 na semana encerrada em 28 de julho. Para a safra 2022/2023, foram comercializadas 410,6 mil toneladas. A China comprou 268,8 mil toneladas das vendas líquidas, de 399,6 mil toneladas.

Houve um certo alívio nas tensões geopolíticas após a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, deixar Taiwan. A China não instituiu nenhuma nova política que dificultaria a venda de grãos dos Estados Unidos, e isso é uma das razões pelas quais os futuros de grãos subiram nesta quinta-feira (04/08). Há expectativa de uma pequena redução na estimativa de rendimento na semana que vem, no relatório de oferta e demanda do USDA, também deu suporte. Quanto ao clima nos Estados Unidos, a previsão é de condições mais secas no centro-leste das Grandes Planícies e no oeste do Meio Oeste.