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04/Ago/2022

América do Sul: projeção para 2021/2022 revisada

A Datagro cortou a sua estimativa de produção de soja na América do Sul na safra 2021/2022, já colhida, de 181,84 milhões de toneladas para 181,54 milhões de toneladas. O corte deve-se às chuvas escassas reportadas no Centro-Sul do Brasil, no Paraguai e na Argentina, que acarretaram produtividade abaixo da normalidade na região. Se confirmada, a produção do continente será 9% menor que o recorde alcançado na safra 2020/2021, de 199,08 milhões de toneladas. O fraco desempenho em termos de produtividade está resultando em renda negativa para essa parte dos produtores mais atingidos pelas perdas, uma vez que a combinação com o forte aumento nos custos de produção não está sendo compensada pela intensa valorização dos preços no mercado internacional. A área plantada com soja na América do Sul superou a intenção de plantio previamente estimada em 62,71 milhões de hectares e atingiu o recorde de 63,75 milhões de hectares, 4% superior ao cultivado na safra 2020/2021.

Houve aumento expressivo nas áreas de Paraguai, Uruguai, Brasil e Bolívia, mas, no caso da Argentina, foi registrado retração pelo segundo ano consecutivo. Para o Brasil, maior produtor de soja do continente, foi revisada a estimativa de safra para 126,18 milhões de toneladas, o que representa queda de 9% ante o colhido em 2020/2021, de 138,32 milhões de toneladas. O volume também ficou abaixo do inicialmente projetado pela consultoria, de 144,07 milhões de toneladas de oleaginosa. As lavouras cultivadas no País somaram 41,68 milhões de hectares, ante 39,30 milhões de hectares em 2020/2021, o que representa o 15º ano consecutivo de incremento de área. Quanto à safra argentina, a produção deve ser de 43,70 milhões de toneladas de soja em 2021/2022, 4% abaixo da temporada anterior e queda de cerca de 20% em comparação com os 55 milhões de toneladas colhidos em 2018/2019. Além da escassez de umidade, a redução da área semeada contribuiu para a queda de produção: foram 16,20 milhões de hectares, ante 16,90 milhões de hectares na temporada 2020/2021.

Em relação ao Paraguai, a safra é estimada em 4,95 milhões de toneladas, ante 9,70 milhões de toneladas em 2020/2021, em virtude do clima irregular. A área cultivada no país cresceu na comparação entre os anos-safra de 3,30 milhões de hectares para 3,76 milhões de hectares. A Bolívia deve ter produção 6% maior em 2021/2022, estimada em recorde de 3,40 milhões de toneladas, acima do potencial inicial projetado em 3,19 milhões de toneladas. A expectativa de safra cheia vai se confirmando, sobretudo pelos números favoráveis da safra de verão. A área semeada no país também foi recorde: de 1,45 milhão de hectares contra 1,39 milhão de hectares semeados em 2020/2021. Para o Uruguai, o potencial de safra é de 3,30 milhões de toneladas, superior à estimativa anterior de 2,50 milhões de toneladas e 68% superior ao ciclo anterior. A área colhida é projetada em 1,16 milhão de hectares, 11% maior que em 2020/2021, mas menor que o inicialmente projetado de 1,23 milhão de hectares. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.