29/Jul/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta quinta-feira (28/07), com a perspectiva de tempo mais quente e seco no Meio Oeste dos Estados Unidos na próxima semana. O maior foco no clima para a próxima semana coincide com a virada do calendário para agosto, o período mais crítico de desenvolvimento para a soja. O vencimento novembro da oleaginosa subiu 30,50 cents (2,16%), e fechou a US$ 14,40 por bushel.

Os modelos meteorológicos concordam amplamente que o padrão climático ficará mais adverso novamente na próxima semana. O clima em agosto precisaria ser extremamente ameno para que as lavouras se recuperassem do calor intenso de julho, mas isso não é esperado, o que deve afetar negativamente os rendimentos. Os ganhos também foram sustentados pelo desempenho do óleo de soja, que avançou quase 7%. O derivado, por sua vez, foi impulsionado pela expectativa de desaceleração da produção de óleo de palma na Malásia em julho.

O enfraquecimento do dólar ante o Real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu suporte às cotações. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que cancelamentos superaram em 58,6 mil toneladas as vendas de soja da safra 2021/2022 na semana encerrada em 21 de julho. Para a safra 2022/2023, foram comercializadas 748,8 mil toneladas. Descontados os cancelamentos, as vendas totalizaram 690,2 mil toneladas, sendo 507,2 mil toneladas para a China.