29/Jul/2022
O Brasil poderá exportar farelo de soja para a China. Segundo informações da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, a abertura de mercado foi oficializada neste mês. A possibilidade de exportar o derivado ao país asiático era uma demanda antiga da cadeia sojicultora nacional, pelo maior valor agregado do produto em relação à soja em grão. Até então, a China importava soja em grão, maior consumidor do produto brasileiro, e não permitia a entrada de farelo de soja brasileiro. O aval foi obtido durante uma reunião bilateral de subcomissão da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), principal mecanismo bilateral entre Brasil e China.
O entendimento dos protocolos foi acertado na reunião da subcomissão neste mês. Após análise de risco do produto, o lado chinês concluiu que havia a possibilidade de exportar farelo de soja brasileiro para China. Não havia mais questão sanitária impedindo. Além do farelo de soja, a China autorizou também a importação de amendoim sem casca, polpa cítrica, proteína concentrada de soja e soro fetal bovino do Brasil. Foi um grande avanço. Foram excelentes aberturas e o maior processo de abertura do Brasil com a China nos últimos dez anos.
A abertura do mercado chinês para o milho brasileiro ainda não consta da lista de aberturas do ministério. O protocolo fitossanitário já foi assinado por ambos os países. Faltam alguns ajustes para implementação do protocolo, como o ano-safra do cereal que poderá ser exportado, o que está sendo discutido por ambos os lados. Neste momento, o Brasil ainda não pode exportar milho para a China porque falta certificar a safra no campo e habilitar estabelecimentos. Do ponto de vista sanitário, não há mais o que se discutir, mas para exportar efetivamente ainda existem outros passos a serem oficializados. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.