27/Jul/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta nesta terça-feira (26/07), com a piora da qualidade das lavouras nos Estados Unidos. Na segunda-feira (25/07), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 59% da safra tinha condição boa ou excelente até o dia 24 de julho, piora de 2% ante a semana anterior. Em Illinois e Iowa, os dois principais Estados produtores, a parcela da safra em condição boa ou excelente passou de 62% para 61% e de 78% para 75%, respectivamente.

O vencimento novembro da oleaginosa subiu 37,75 cents (2,80%), e fechou a US$ 13,83 por bushel. Além disso, a perspectiva de tempo mais quente e seco no Meio Oeste dos Estados Unidos em agosto está levando fundos de investimento a recomprar posições. Agosto costuma ser o mês mais importante para determinar o rendimento final da soja. Declínios constantes na umidade do solo são esperados, levando a um aumento do estresse nas lavouras. O desempenho do farelo de soja, que subiu mais de 4%, também deu suporte às cotações.

O derivado, por sua vez, foi influenciado pelo avanço do milho e do trigo, outros importantes ingredientes usados em ração animal. O mercado parece ter deixado de lado, por enquanto, as preocupações com uma possível recessão nos Estados Unidos, mas o assunto pode voltar ao centro das atenções a qualquer momento. O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anuncia nesta quarta-feira (27/07) sua decisão sobre os juros no país, e a expectativa de boa parte dos analistas é de mais uma alta agressiva, de 0,75%.