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25/Jul/2022

China deverá elevar demanda na safra 2022/2023

Há expectativa de recuperação da importação chinesa na temporada comercial 2022/2023, que começa em outubro, para 98 milhões de toneladas. No ciclo atual, a China importou 90 milhões de toneladas, queda de 10 milhões de toneladas ante o anterior. A China vem de uma situação peculiar desde que enfrentou o surto de peste suína africana (PSA). O país acabou conseguindo recompor o plantel de suínos mais rápido do que a recuperação da demanda. Assim acabou ficando com excesso de carne suína em seu mercado, os preços caíram excessivamente e as margens dos produtores de suínos ficaram negativas, reduzindo a demanda por farelo de soja e, por sua vez, a importação de soja.

As margens dos produtores de suínos têm aumentado a partir do mês de maio, mas é uma melhora mais relacionada à redução da oferta da carne suína dentro da China do que ao aumento da demanda. Deve demorar um pouco para que o país volte a ter um apetite maior por soja. A expectativa é que melhore a partir do quarto trimestre deste ano, quando entra a safra norte-americana no mercado. Contudo, o cenário de a China aumentando de forma expressiva a cada ano a importação de soja ficou para trás. Há um platô em torno de 100 milhões de toneladas.

A demanda chinesa tem espaço para crescer, mas o Brasil precisa ficar atento ao ritmo menor. O Brasil é muito dependente da China, mas precisa pensar em esmagar mais, exportar mais farelo e óleo e produzir mais biodiesel. Depender de um só cliente é difícil, e as exportações brasileiras de soja estão sentindo isso este ano. A curva de exportação do Brasil está muito diferente do normal. Houve pico em março, mas desde então as exportações mensais caíram. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.