19/Jul/2022

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam em alta expressiva nesta segunda-feira (18/07). Os ganhos foram sustentados em parte pelo desempenho do óleo de soja, que avançou mais de 4%. O derivado, por sua vez, foi impulsionado pelo fortalecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O vencimento novembro da oleaginosa subiu 38,00 cents (2,83%), e fechou a US$ 13,80 por bushel.

A perspectiva de clima quente e seco no Meio Oeste dos Estados Unidos também deu suporte às cotações. Segundo a meteorologia, a previsão para esta semana é de altas temperaturas, principalmente no oeste da região, o que deve reduzir a umidade nas lavouras de soja que estão florescendo e formando vagens. Esses fatores, combinados com o baixo saldo comprado de fundos de investimento, estimularam recompras de posições. Na sexta-feira (15/07), levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostrou que esses agentes reduziram em 10,78% suas apostas na alta dos preços de soja na semana encerrada em 12 de julho.

A posição líquida comprada passou de 101.697 para 90.735 lotes, o menor nível desde 21 de dezembro do ano passado. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 362.622 toneladas de soja foram inspecionadas para exportação em portos norte-americanos na semana encerrada em 14 de julho, aumento de 1,14% ante a semana anterior. Do total, 136.679 toneladas tinham como destino a China. Apesar disso, traders continuam preocupados com a fraca demanda do país asiático pela soja dos Estados Unidos.